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quarta-feira, 27 de maio de 2009

Braille

O que é? De onde vem? como funciona?

Braille é o sistema utilizado para o ensino/aprendizagem de cegos. Ele funciona como código universal de leitura e escrita feito através do tato. Com apenas seis pontos em relevo ordenados em duas colunas de três pontos são formados 64 símbolos diferentes que podem ser usados para a leitura e escrita de várias áreas (língua portuguesa, literatura, história, geografia, inglês, informática, música, matemática e ciências em geral).
O sistema de que falamos foi inventado por Louis Braille (explica o nome do sistema), um francês que aos tres anos de idade ficou cego após um acidente na oficina de seu pai (1912), inventando aos treze anos o método que na época era formado por seis pontos e alguns traços horizontais e, que formavam todas as letras do alfabeto, pontuações, acentos e números matemáticos (hoje esse sistema foi aperfeiçoado).
O alfabeto braille tem 64 símbolos distribuído em sete linhas organizadas arbitrariamente. As palavras em braille podem ser abreviadas e os números são postos de cima para baixo, da esquerda para a direita.
Onde? Como? Quem pode aprender?
Aí está a ótima notícia meus queridos, eu descobri que graças a estudos avançados do Instituto Benjamin Constant sobre o assunto podemos baixar fonte braille, além é claro de saber tudo sobre o assunto (http://www.ibc.gov.br/index.php?query=fonte+braille&amount=0&blogid=1). Querem mais? a USP disponibiliza um curso de braille on line gratuitamente. Basta baixar o programa do curso não precisa nem estar on line para isso (http://www.braillevirtual.fe.usp.br/pt/index.html). Bem, agora não temos mais desculpas para não entendermos um pouco mais sobre Braille. Todos podemos aprender, não é?

terça-feira, 19 de maio de 2009

Sobre o reajuste salarial dos servidores do Paraná

O assunto nas salas dos professores hoje foi o tão sonhado reajuste salarial. Mas afinal, teremos um reajuste de 25, 15 ou 6%. A paralisação feita por alguns professores do ensino público no dia 24/04 buscou um reajuste de 25% do sálario do professor, o governo negou, mas não deu totalmente as costas aos servidores. No dia 05/05 a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), da Assembleia Legislativa, aprovou o aumento de 6 do sálario de todos os servidores públicos do Paraná (de $ 1.392 para R$ 1.475 - 40 horas semanais). Os servidores tentaram um aumento de pelo menos 15% do salário, mas por 31 votos a 15, foi decidido que pelo menos agora nessa época de crise o reajusto será de 6% mesmo e, é isso ou nada.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Oficinas....

Para quem vive reclamando de falta de tempo para aplicar oficinas em sala de aula está aí uma dica:
Através do cadastro gratuíto no site "Educa Rede" http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm, você pode ter acesso a 224 oficinas das mais variadas áreas e dos mais variados assuntos. Vale a pena entrar no site e conferir.

A Diversidade em Sala de Aula III

Finalmente o assunto que eu venho tentando abordar faz um bom tempinho - BULLYNG. Já ouviu falar? Pode ser até que não, mas certamente já esteve envolvido(a) com isso de alguma maneira.
O termo bullyng é usado para descrever todas as atitudes agressivas, repetitiva e intencionalmente que um ou mais alunos têm para com outro(os). Não há uma explicação ou definição exata do nosso português para essa palavra, ela designa então: "colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, encarnar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar,
agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences " (segundo estudos da ABRAPIA). Bullyng é o resultado dos rótulos e preconceitos contra as diferenças que nós seres humanos temos ( e que falamos anteriormente). Ele se apresenta como um problema mundial, mas mesmo assim, poucas pessoas sabem o que é e suas consequências. Fato curioso, porque todas as escolas tem algum caso de bullyng e todas as pessoas já foram agentes, testemunhas ou vítimas do bullyng.
Os alunos podem se apresentar dentro desse quadro como:
  • alvos de Bullying - são os alunos que só sofrem BULLYING;
  • alvos/autores de Bullying - são os alunos que ora sofrem, ora praticam BULLYING;
  • autores de Bullying - são os alunos que só praticam BULLYING;
  • testemunhas de Bullying - são os alunos que não sofrem nem praticam Bullying, mas convivem em um ambiente onde isso ocorre.

Os alvos do bullyng podem cometer suicídio, fazer um assassinato em massa (podemos pegar por exemplo: o estudante Cho Seung-Hiu, 23, autor do massacre que resultou na morte de 32 pessoas na Universidade de Tecnologia da Virgínia, nos EUA;o aluno Edmar Freitas, que entrou na escola armado com um revólver 38, fez 15 disparos: feriu seis alunos - dois em estado grave -, uma professora e o caseiro. Depois matou-se com um tiro na cabeça), cair em depressão, assumir um comportamento agressivo como forma de proteção, poderão NUNCA MAIS assumir relações sociais. Pode também conseguir superar essa fase (imaginem só, se todos que sofreram Bullyng carregassem feridas abertas até hoje). Aqueles que praticam bullyng quando crianças vão continuar o fazendo depois de adultos, geralmente tornam-se pessoas violentas. Aqueles que testemunham ficam inseguras não sabem se devem ou não ajudar os alvos de bullyng, temem ser os próximos alvos. Os pais de alvos de bullyng muitas vezes tomam as dores dos filhos e tentam tomar providências com suas próprias mãos. Os professores de escolas onde ocorrem formas mais violentas de bullyng podem acabar sendo agredidos tanto pelos alvos, quanto pelos autores.

Mais sobre o assunto:

O assunto bullyng faz parte da novela "O caminho das Índias". As escolas que desejam saber mais sobre como evitar o bullyng devem procurar a ABRAPA (http://www.bullying.com.br/), o programa "Fantástico" fez uma reportagem sobre esse assunto em 2004 ( http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL691157-15605,00.html ) e em 2007 fez um chat com uma educadora sobre o bullyng virtual (http://videochat.globo.com/GVC/arquivo/0,,GO9784-3362,00.html ), o último caso de tragédia envolvendo Bullyng pode ter acontecido hoje em Lafourche, EUA. Tentei enviar algumas perguntas sobre possíveis punições aos autores do bullyng para a ABRAPA, mas já faz um tempinho e não me retornaram.

Se alguém tiver mais informações sobre o bullyng e puder me mandar por e-mail, tem desde já, minha gratidão

A Diversidade em Sala de Aula II

Final de 2007 eu apresentando um trabalho de psicologia da educação numa turma de licenciatura sobre o prejuízo que os pais que se "isentam" de educar seus filhos e deixam que a televisão os eduque podem causar para sua família. Um dos alunos me interrompe e diz: "VAI SER TODO MUNDO BOIOLA ". Minha primeira reação foi ficar vermelha de ódio, a segunda foi falar que inclinação (já que NÃOOOO escolhemos ser héteros ou gays) nada tem a ver com caráter e forma de criação, nenhum gay é menos/mais capaz ou menos/mais portador de carater que um hetero . Minha professora disse que deveriamos resolver esse tipo de pendência indivídual depois que sua aula acabasse. Pendência INDIVÍDUAL desde quando???
Os homossexuais sairam do armário e resolveram assumir seu lugar na sociedade, hoje temos famílias formadas por casais de homem e mulher (tradicional), mas também temos famílias formadas por pais separados, um casal de mulher e mulher, um casal de homem e homem, ou seja, atualmente temos alunos criados por pais gays. Os gays não assumem só o papel de pai/ mãe, podem ser alunos e professores, como disse antes não escolhemos ser homossexuais ou não, somos antes de tudo seres humanos, podemos ter todos as mesmas aspirações, as mesmas vontades, os mesmos medos...
Mas afinal, por que esse discurso todo?
É porque pesquisas afirmaram que as escolas em geral têm preconceitos contra gays como mostra a revista Nova Escola do mês de maio.
Tá, sabemos que os gays não são bem vindos em muitos lugares, é ultrajante até fazer a boa ação de doar sangue (como se todos os homossexuais fossem depravados e saissem por aí fazendo orgias e sem proteção), mas na escola, onde se espera que as pessoas aprendam a pensar, a abrir a mente e a conhecer mundos novos, é meio inaceitável.
A revista aborda que grande parte dos gays (assim como héteros) descobre seus desejos sexuais na idade escolar. O jovem pode ter e não gostar de uma experiência com pessoas do mesmo sexo como pode descobrir um pedacinho de sua identidade. Na reportagem é apontado que o professor ( o psicológo, o padre, a surra) não pode mudar a orientação sexual do aluno, mas pode fazer com que essa diferença seja respeitada pelo restante da turma, podem buscar ajuda nas histórias de homossexuais que desempenham papéis importantes na sociedade (tomando cuidado para não fazer apologia e para não levar alguém que acabe aumentando o preconceito-certos gays acabam contribuindo com o preconceito por tomarem certas atitudes promíscuas). Se o professor é quem for homossexual, ele pode ou não se posicionar como tal, lembrando que, ao se assumir, deverá saber como lidar com os preconceitos por parte de alunos, pais e colegas de profissão (acho que não é necessário esconder esse tipo de informação, mas também não é necessário levantar uma bandeira, ninguém chega em um lugar e fala "meu nome é fulano de tal e eu sou hetero". Por que o gay tem que falar que é gay? A primeira pessoa que deve aceitar a normalidade homossexual é a própria pessoal homossexual). Se os pais ou mães de algum aluno sejam os homossexuais em questão, se aparecer alguma oportunidade, os professores devem fazer trabalhos ou explicar as várias formas de constituições familiares aos seus educandos (o mesmo processo será útil para filhos de pais separados) sem entrar em questões religiosas ou preconceituosas - “Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós " (Mateus 7:1).
Não é fácil falar de certos assuntos como esses em sala de aula, mas é muito importante que seja falado, não são assuntos indivíduais, são assuntos presentes na sociedade e que devem ser levados até a escola. Mesmo que nós sejamos os preconceituosos, como professores, devemos esconder o preconceito e levar o respeito até nossos alunos, as vezes, assim, acabamos adquirindo nós o respeito que queremos levar. É conveniente lembrar também que o homossexual não é o único que sofre preconceito, o negro, o deficiente físico, o filho que não sabe quem é o pai, também sofrem e também não são piores nem melhores que ninguém e isso também, quando necessário, deve ser levado para a sala de aula.

Como já citei antes, a reportagem com esse assunto está na revista Nova Escola impressa desse mês. Ela pode ser encontrada também no link da revista: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/sera-elas-sao-451878.shtml

A Diversidade em Sala de Aula I

Nos meses de março e de maio a revista Nova Escola trouxe a seus leitores duas reportagens que, ao meu ver, são importantíssimas por tratarem de problemas escolares que desencadeiam outros problemas não só na escola como na vida de cada aluno.
A revista de março pontua que é corriqueiro, entre gestores educacionais e professores (principalmente os de educação básica), o fato de estigmatizar ou rotular seus alunos e que isso os priva de experimentar diferentes papéis e posturas no âmbito escolar.
Os alunos que sempre são elogiados positivamente podem acabar por: achar-se superior ao demais colegas, tornar-se incapaz de refletir sobre suas próprias ações e se arriscar (se ninguém se arricasse o Brasil ainda estaria vivendo sua época de ditadura, não haveria literatura no mundo, não haveria empreendedores e nem mesmo o genero de comunicação que estou usando para "falar" com vocês), mas o pior que pode acontecer é chegar a fase adulta sem saber perder, ou seja, não saber lidar com frustrações. Já rotular negativamente um aluno pode fazer com que ele perca sua autoconfiança e seu amor próprio (daí para a depressão é um pulo), além, é claro, de fazer com que o aluno se adapta a esse estigma (se a turma/ professora me acha burro por que eu vou estudar? Irei mal na prova mesmo).
Acho que o ideal seria elogiar as atitudes certas do educando e não ele em si, já que até os alunos ditos "pestes", "casos perdidos" podem demonstrar-se muito capazes, sem falar que, como ninguém é perfeito, os "anjinhos" podem e devem ter defeitos ( o medo de errar muitas vezes causa ansiedade que causa estresse que pode causar -tamtamtamtam-depressão).
Um fato que a revista aborda (e que eu presenciei uma vez) é que certos professores podem criticar publicamente um aluno mostrando aos outros uma forma de estigmatizá-lo ou um motivo para rejeitá-lo. Algumas vezes são os alunos que rotulam seus colegas ou "as famas" já acompanham os discentes de casa, é papel então da escola não incorporar esses rótulos, mas tentar combatê-los.
A revista traz mais informações sobre professoras e escolas que conseguiram acabar com os rótulos em sala de aula, outros tipos de estigmatizar alunos (deficientes) e qual a melhor postura que o professor/ escola deve tomar para não pecar em rotular seus alunos. Além da versão impressa da revista a reportagem pode ser encontrada no link: http://revistaescola.abril.com.br/crianca-e-adolescente/comportamento/educar-rotulos-431171.shtml

Fica aí minha pergunta para os professores:
Você já foi rotulado quando estudava?....Certas palavras que nos são ditas podem fazer com que pensemos em desistir de um sonho, mas nem sempre elas conseguem.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Novo ENEM é aprovado

Ontem a ANDIFES aprovou por unanimidade o projeto do nosso ministro da educação Haddad que aponta nova abordagem das questões do ENEM. A partir de hoje, esse documento estará disponível pelo link: http://portal.mec.gov.br/ . O conteúdo das aulas não sofrerá grandes mudanças, pois o guia de orientações para as questões deverá seguir as regras estabelecidas inicialmente.
O que muda então?
Na nova prova não poderá ter pegadinhas, sua ênfase será voltada à capacidade compreensiva de: fenômenos específicos, história e geografia e não mais ao conhecimento puramente enciclopédico ou de pura memorização.
ENEM e vestibular:
Haddad também apresentou um projeto de unificação das universidades federais através do ENEM, que será aplicado em dois dias, contendo 4 provas com 50 questões cada (conhecimentos humanos, linguagens e códigos, matemática e ciências naturais) além de uma redação. Assim quem for prestar o ENEM poderá escolher até 5 cursos diferentes que podem ser de uma mesma UF ou de UF diferentes.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Analfabetismo funcional

BRASIL PRECISA ENFRENTAR O DESAFIO DO ANALFABETISMO FUNCIONAL

Além de reduzir o percentual de brasileiros que não sabem ler e escrever (10%), o País tem o desafio de combater o chamado analfabetismo funcional, que atinge 25% da população com mais de 15 anos (e ainda está em crescimento), de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar de dominar minimamente a escrita, a leitura e a matemática, o analfabeto funcional tem limitações que dificultam atividades simples do cotidiano, além de prejudicar a sua inserção no mercado de trabalho e em outras esferas.Para o presidente da Ação Educativa, Sérgio Haddad, o analfabetismo funcional é um fenômeno novo, que se deve, principalmente, à baixa qualidade do ensino público.Na avaliação dele, é preciso encerrar o problema com a garantia de educação de qualidade para que as crianças e os jovens saiam da escola com domínio pleno da leitura e da escrita. "Precisamos melhorar bastante a qualidade da escola para que não se produzam mais analfabetos funcionais como a gente vem fazendo. A torneira continua vazando", acredita.

Trecho retirado do site Terra 12/05/09, para lê-lo na íntegra acesse o link: http://noticias.terra.com.br/educacao/interna/0,,OI3760538-EI8266,00.html


PROJETO PAULISTA "ESCREVE CARTAS" AJUDA ANALFABETOS FUNCIONAIS A LIDAR COM AS PALAVRAS

Desde outubro de 2001, o Escreve Cartas ajuda pessoas que mesmo tendo estudado um pouco continuam com muitas dificuldades no “ mundo das palavras”. O programa do governo de São Paulo tem voluntários prestando auxílio em outros três centros de serviços da região metropolitana da capital. Até hoje, mais de 200 mil atendimentos já foram realizados: leitura ou redação de cartas, preenchimento de formulários e até confecção de currículos profissionais, tudo de graça. Assim os voluntários podem ajudar pessoas a comunicar-se através da escrita.O estado de São Paulo concentra 10,5% do total de analfabetos do país (14 milhões). De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 1,49 milhão de brasileiros com mais de 15 anos que não sabem ler e escrever vivem na região. Em números absolutos, o estado só fica atrás da Bahia (1,88 milhão) no ranking nacional do número de analfabetos.PARA A PROFESSORA MARIA DE LURDES VALINO INTEGRANTE DO GEAL-USP O PERFIL DO ANALFABETO ESTÁ MUDANDO “HOJE TEMOS UMA GRANDE QUANTIDADE DE JOVENS QUE DEIXAM A ESCOLA SEM SABER LER NEM ESCREVER
Orientador pedagógico e professor de turmas de EJA (educação de jovens e adultos) há 20 anos, Carlos Alberto Daniel dos Santos também já notou o aumento da presença de jovens em turmas de alfabetização. Para ele, a má qualidade do ensino público está criando uma população que não é capaz de compreender o que lê, os chamados analfabetos funcionais. "Nossa atuação [na EJA] deveria acabar, mas está aumentando", aponta.A voluntária do Escreve Cartas diz que sempre dá conselhos sobre a importância de se voltar para a escola. Ela afirma que gostaria de ver implementada uma ação que pudesse aproveitar a presença dessas pessoas no local onde funciona o programa e já direcioná-las para turmas de educação de jovens e adultos. "Tinha que existir uma forma de pegar todo este povo e pôr na escola na hora, no dia em que vem aqui."

Texto completo no site Uol 13/05/09: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2009/05/13/ult105u8030.jhtm

terça-feira, 12 de maio de 2009

Primeiras Considerações: educar e educar

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)

A necessidade de passar cada vez mais tempo trabalhando, aliados com a forte ilusão de desejo de consumo causados pela mídia e a culpa pela não convivência com os filhos faz com que os pais acabem mimando esses e consequentemente deixando de lhes impor limites.
Fica então por responsabilidade da Escola educar as crianças e adolescentes que nela estão matriculados. Assim o professor além de ensinar acaba tendo a função de educar e formar seus alunos bons cidadãos, mas isso não é uma tarefa fácil, a indisciplina nas aulas é um dos maiores problemas enfrentados pelos docentes, o que leva muitos a desistirem de dar aulas ou desistir de se dedicar as aulas, ou seja, eles estão cada vez desincentivados.
Essa desistência é provocada pelas fortes cobranças, baixo salário e a baixa estima em se manter a disciplina na aula. São apontadas receitas mágicas para se ensinar, e são cobradas aulas interessantes aos alunos para que eles queiram aprender e participem das aulas, mas parece haver esquecimento de que como cada aluno tem experiências de vida diferente das dos seus colegas. O modo de se dar aulas nunca se interessante a todos os alunos e assim sendo não existe uma receita aplicável a todos os alunos. Fato ignorado é que a própria oportunidade em se aprender algo novo é um motivo para que os alunos se interessem pelas aulas, principalmente nos ensinos fundamentais e médio. Não podemos esquecer que a culpa não é necessariamente da criança ou adolescente indisciplinado ( a educação deveria vir de casa). Tão vítimas de falta de planejamento familiar é o professor quanto a criança/adolescente. Mas até que ponto uma atitude justifica a outra (o professor desistir de seus alunos a falta de tempo e o baixo salário e os alunos descontarem no professor e colegas de sala a falta de preocupação de seus pais)? Como podemos em pouco tempo criar aulas criativas e que atendam as necessidades dos alunos sem gastar muito para isso? Como podemos salvar o futuro do nosso país?